2º mês de estrada — quanto custa viver viajando

Quer saber quanto custa viver viajando? Nesse post, trouxemos todos os nossos números e algumas curiosidades sobre o nosso segundo mês viajando pelo mundo e vivendo na estrada.

Não tenho carro, não tenho teto e se ficar comigo é porque gosta. Acha que é fácil ser um nômade digital em construção?  Não é não, minha gente! Tem que ter muito amor envolvido. Mas como nem só de amor se faz uma viagem, trouxemos os números do nosso segundo mês de estrada, para você saber quanto custa viver viajando.

Mochileiro x Nômades Digitais

Antes de mais nada, preciso mostrar que existe uma linha tênue — ou nem tanto — que separa cada um desses termos, para que vocês entendam em qual a gente se encaixa.

A groso modo, mochileiro faz viagens de forma independente, geralmente buscando meios mais econômicos e viajam por um longo período e que podem trabalhar ou não durante esse período. Já nômades digitais — conhecidos também como geração wireless — são profissionais que se aproveitam das facilidades que a tecnologia oferece e adaptam ao seu trabalho para exercer de forma remota.

O que nós somos? Somos nômades digitais mochileiros. Confuso? Na forma literal, somos nômades digitais, decidimos largar nossos trabalhos convencionais para viajar pelo mundo e viver na estrada. Isso não está associado a não trabalhar, muito pelo contrário, tem dias que trabalhamos bem mais do que estávamos acostumados.

E a nossa intenção é manter uma qualidade de vida tão boa quanto a que tínhamos antes — até melhor, já que agora somos donos do nosso tempo e das nossas vontades. No entanto, como todo início de um novo projeto, é preciso abdicar de alguns “luxos”. Dessa forma, nesse primeiro momento, estamos em uma pegada mais low coast, e aí entra o espírito mochileiro.

Beleza, Juliana, mas por que você está falando tudo isso? Só para evitar que as pessoas venham até aqui procurando um artigo de quanto custa viver viajando na ilusão de achar um orçamento de $5 dólares por dia. Até queríamos, mas para isso teríamos que ser um pouco mais evoluídos mentalmente falando.

Esse nosso projeto não é só de viagem, é de desenhar um novo estilo de vida. E quando se fala em estilo de vida, entende-se por algo permanente. Não queremos daqui a 6 meses voltar para o Rio de Janeiro, para os nossos empregos habituais, reclamando do trânsito e da distância.

Então, sendo isso um estilo de vida, acredito que não seja saudável viver em economia extrema até o fim dos tempos. Queremos, eventualmente, um bom restaurante, uma boa hospedagem e algumas boas coisas. Ao mesmo tempo sabemos que precisamos economizar para viajar mais. Com isso, tentamos buscar um equilíbrio. Coisas normais da vida, não é? Aqui é vida real.

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Quanto custa viver viajando

Agora sim, tendo tudo isso esclarecido, vamos aos números de quanto custa viver viajando. Aqui não tem certo e nem errado. Não estamos aqui para ditar regras. Muito pelo contrário, só queremos te dar um norte de quanto gastamos durante esse segundo mês, de foma real.

Queremos, a partir dos nossos números, te ajudar a fazer um planejamento da ótica mais realista possível. Temos grandes exemplos de pessoas que gastam menos, ou bem mais do que a gente. Tudo vai depender do seu estilo de vida que você esteja buscando.

Total por categoria

Nesse gráfico principal, separamos por categoria os nossos gastos. Assim fica mais fácil para analisar e tentar adaptar à realidade de cada um. Em qualquer viagem, o transporte e a hospedagem são os maiores vilões.  No nosso caso, o gasto com transporte foi bem pesado, como imaginávamos. Fizemos grandes deslocamentos nesse segundo mês. O trajeto de Puerto Madryn até Ushuaia nos custou quase $2.000  macris, o que dá uns $500 temers por pessoa.

Felizmente, conseguimos boas parcerias no mês de novembro no que diz respeito a hospedagem. Isso refletiu numa boa economia e só tivemos que desembolsar R$ 169,24, que acabou compensando um pouco o gasto com transporte.

Apesar de estarmos em uma região bem cara — sim, a Patagônia é caríssima — conseguimos não extrapolar com mercado, gastando R$ 983,27. Ah, palmas para gente, conseguimos economizar também com alimentação. Considerando dentro de alimentação gastos com restaurante, guloseimas, fast foods, essas coisas, gastamos R$ 382,86.

Um outro gasto que se destacou foi com entretenimento. Apesar de também termos conseguido boas parcerias, muitos passeios eram dentro de Reserva Nacional e por isso precisávamos pagar entrada. Mas esse aqui a gente paga sem dó, né? É o principal objetivo de qualquer viagem: conhecer os lugares.

Temos também um item que é praticamente um calo no nosso pé, um mal necessário. Sim, estou falando do gasto com despesas bancárias. Estamos fazendo constante estudos de como diminuir esse impacto, mas ainda não tivemos grandes resultados. Por isso gastamos sofridos R$ 178,42 — gente, quantos helados eu não poderia comprar com esse dinheiro?

Por fim, tivemos um grande gasto com equipamentos esse mês. No entanto, foi um gasto já planejado. Saímos do Rio de Janeiro com uma barraquinha de camping horrenda . E na primeira vez que precisamos montar, nesses dois meses de viagem, adivinha. Teve goteira nos dias de chuva. Além disso, patagônia = fortes ventos, já conseguem imaginar a cena? Que situação. Tivemos que comprar uma barraca melhor, além de alguns itens de frio.

Média diária por cidade

Durante esse mês de novembro passamos apenas por 3 cidades. É bem provável que esse cenário comece a se repetir. Isso porque estamos sentindo a necessidade de diminuir um pouco o ritmo das viagens para produzir mais.

Rio Gallegos assusta um pouco, pois ficamos apenas dois dias e tivemos que comprar a passagem para Ushuaia. Como imaginávamos, a média por dia em Ushuaia foi bem alta. Lá é uma cidade bem cara, principalmente por ser mais isolada. Todo o transporte de mercadoria, para chegar na cidade por terra, precisa entrar e sair do Chile e isso reflete no preço dos produtos.

Análise horizontal dos meses de outubro e novembro

De um mês para o outro conseguimos economizar com alimentação e hospedagem. Só que quando economizamos com alimentação, isso acaba refletindo um pouco no mercado, já que temos que comprar mais coisas para cozinhar.

As tarifas bancárias também tiveram um crescimento considerável, mas isso acontece porque no inicio da viagem tínhamos dinheiro em cash, que trouxemos do Brasil. Nesse momento, não temos mais nada. Ou seja, temos que sacar ou usar cartão de crédito.

No entanto, o que mais pesou foi o transporte mesmo. Foram mais de R$ 300 reais de diferença de um mês para o outro. Infelizmente, ainda não estamos à vontade para sair pedindo carona para qualquer um.

Ah, tivemos um nova categoria no mês de novembro: trabalho. Incluímos nessa categoria todos os gastos de investimento com o nosso trabalho. Nesse caso em específico, foi uma assinatura em um site de métricas e programação de publicações para redes sociais.

Espero que tenhamos passado de forma clara todos os nosso gastos. Se tiver algum ponto que não tenha sido abordado, é só deixar nos comentários.

Abaixo vamos deixar o nosso infográfico atualizado para o mês de novembro, com algumas curiosidades da nossa viagem.

Infográfico — Segundo mês na estrada: os números da nossa viagem

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