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Especial Rio de Janeiro: Como fazer a trilha da Pedra Bonita

Muito sol, praia e samba.  Assim o Rio de Janeiro é conhecido, e não é por menos. No entanto, o ecoturismo tem estado cada vez mais forte e quem acompanha o nosso instagram já percebeu que somos super adeptos dessa modalidade de turismo. Tem coisa melhor do que esse contato intenso com a natureza? Apreciando as belezas naturais e toda a sua perfeição.

A nossa aventura da vez foi a Trilha da Pedra Bonita, com mais uma vista deslumbrante do Rio de Janeiro e, literalmente, ela tirou o nosso fôlego – mais pra frente vocês irão entender. (risos)

Como chegar na trilha da Pedra Bonita

Pela primeira vez vamos colocar o tópico de “como chegar” no início, tudo isso porque sofremos um pouquinho para chegar e não queremos que vocês passem o mesmo.

É possível chegar na trilha de carro, porém, como a Pedra Bonita também abriga uma rampa de voo livre, aos finais de semana o local fica bem cheio. Já ouvi gente relatando que ficou 1h na fila para estacionar. Eventualmente você pode ver algumas pessoas “passando a sua frente” nessa fila, mas não é isso. É porque os instrutores tem um estacionamento exclusivo, então eles não precisam ficar esperando. Ah, vai ter fila na hora de ir embora também.

Mas se você quiser ir de carro mesmo assim, é bem simples: é só vir, por São Conrado, pela Estrada das Canoas e após passar pela Cândido Mendes, no seu lado esquerdo, vai ter uma placa indicando o estacionamento da rampa de voo livre. Você precisará fazer um pequeno cadastro para entrar.

Como falei acima, o estacionamento fica bem cheio, porque ele é pequeno e sempre tem muita gente ou fazendo a trilha, ou indo apreciar ou saltar de parapente/asa-delta. Se não quiser ter problemas para estacionar, chegue cedo e vá de coração aberto.

Como é ir de ônibus para a Pedra Bonita

Vou contar forma breve a nossa história para chegar: Resolvemos fazer a trilha de última hora. Acordamos no domingo, olhamos para a janela e percebemos que o tempinho estava ótimo para trilhar. Rolou aquele: “Vamos? Vamos!” E assim fomos em direção a trilha, sem muita informação. Só sabíamos que era na Estrada das Canoas.

Ok, saltamos no primeiro ponto de São Conrado, vindo da Barra, mais ou menos na altura da concessionária NISSAN. Estávamos ali, sem saber ao certo quantos quilômetros nos esperava ou qualquer outro tipo de informação. Começamos a subir por volta das 13h05 e com alguns minutos de caminhada, já começamos a sentir o peso da subida, que foi tranquilizado com um ponto de ônibus.

– O que a gente faz? Espera o ônibus ou vai andando?
– Ah, vamos andando pra ver no que dá, se o ônibus passar, a gente pega.
– Ok, então!

Na esperança de que algum ônibus passasse o quanto antes, seguimos a caminhada. Depois de mais alguns muitos minutos paramos. Não aguentamos. Resolvemos olhar no google para saber por mais ou menos quantos quilômetros teríamos que percorrer e fomos surpreendidos com extensos 4km.

Sem querer dar o braço a torcer – somos mais fortes do que isso – continuamos, só iríamos parar caso o ônibus passasse.

O fluxo de carro é muito grande, dado que o grupo do instrutor, após o salto, desce para pegar o equipamento e voltar para o próximo voo. Pensamos infinitas vezes em pedir carona, mas faltou coragem. Durante o caminho, vimos mais outros dois pontos de ônibus. Já desacreditados e achando que o ponto era só de enfeite, eis que passa um ônibus, mas, infelizmente, era na mão contrária. Tudo bem, serviu para reavivar aquela remota esperança.

O relógio já marcava o horário de 14h47, quando, finalmente, o 448  ( Maracaí X São Conrado) resolveu aparecer. Após tomar o ônibus, em três minutos já estávamos no acesso. ( Sem or, fizemos mais do que a metade do caminho a pé!)

Nesse momento já deve ter passado por sua cabeça o porquê dessa enrolação toda, né? Tudo isso para deixar avisado a todos vocês: a não ser que estejam MUITO acostumados a subir, não façam o trajeto a pé. Vocês chegarão destruídos na trilha – assim como a gente.

A lição que tiramos disso? Sim, tem ônibus que faz o trajeto até a rampa de acesso a Pedra Bonita. Ele demora, mas passa. No nosso caso, demorou por volta de 40 minutos. Ou seja, pegue o seu suco e um biscoito, sente na calçada e espere o ônibus.

A Trilha da Pedra Bonita

Passada essa nossa odisseia para chegar, logo após saltar do ônibus, foi preciso caminhar por uns 10 minutos até subir ao início da trilha de fato. Esse caminho é bem íngreme.  Pra quem vai de carro, é preciso bastante atenção, porque o caminho é estreito. Com isso, os motoristas costumam subir buzinando para avisar a quem estiver descendo.

Chegando ao estacionamento, que também é o início da trilha, vocês irão perceber uma guarita no seu lado direito. Nessa guarita fica um guardinha fazendo o controle de quem sobe e desce a trilha.

Um adendo, vale muito a pena passar primeiro na rampa de voo e ficar apreciando um pouquinho a galera saltando, há tipo um “camarote” pra você ficar curtindo a vista e quem sabe tomar coragem pra saltar também, o que acha? Eu fiquei morrendo de vontade, mas no meu caso faltou dinheiro mesmo. (risos)

A rampa fica a uns 300m acima, no segundo estacionamento – que é exclusivo para instrutores. Estando no estacionamento, é só subir uma pequena escadinha no lado esquerdo.

Curtiu bastante? Descansou um pouco? Hora de voltar!

Bem demarcada e com um nível de dificuldade baixo, a trilha da Pedra Bonita é mais uma boa opção de passeio para se fazer no Rio. Iniciamos a subida por volta das 14h55 e chegamos ao seu cume às 15h24. Com uma duração média de 30 min, a contar da guarita do estacionamento da pista de voo livre, a trilha tem o seu início marcado pelo chão pavimentado pelo que chamamos de “pé-de-moleques”. São aproximadamente 1.300m até o topo.

Nesse início você se sentirá bem empolgado quanto o caminho, pois não tem muitos desníveis. Entretanto, apesar do caminho ser tranquilo, ele é íngreme em boa parte do trajeto. Dessa forma, caso você não seja um praticante assíduo de atividade física, aconselhamos dosar o ritmo.

Nós, que já estávamos esgotados pela caminhada na Estrada das Canoas, subimos pedindo arrego. Tivemos que parar umas três ou quatro vezes para tentar retomar o fôlego. Já não sentíamos as pernas – bem feito, quem mandou querer subir a estrada a pé?.

Mais ou menos na metade do caminho, a mata passa a ser um pouco mais aberta, o que significa que você ficará mais exposto ao sol. Bem na parte final, a natureza se encarregou de fazer uns degraus naturais para te ajudar a subir. Sem querer reclamar Deus, mas podia ter feito um pouco menos espaçado um do outro. Você vai ver que vai se sentir exigido nesse finalzinho.

Chegamos!

Pedra Bonita

Quando você termina de fazer a trilha e chega naquele platô enorme, esquece de qualquer dor e de qualquer problema também. Lá do topo, você sente a sua energia sendo recarregada, a sua esperança renovada. Seus olhos ficam maravilhados com tamanha beleza – juro que não fumei nada.

A ideia aqui é buscar um espacinho e ficar por lá ouvindo o silêncio da natureza, dá até para tirar um cochilo. Ou então ir desbravando cantinho por cantinho buscando bons ângulos para as foto. Curtimos tanto a Pedra Bonita, que resolvemos esperar o pôr do sol e, sinceramente, que decisão assertiva.

Lá do cume da Pedra Bonita é possível: avistar o Morro Dois Irmãos e a zona sul; ficar cara a cara com a “cabeça do imperador” na Pedra da Gávea; e apreciar as praias da zona oeste. A 693m acima do nível do mar, o que não vai faltar lá de cima é uma vista incrível para alguma parte do Rio de Janeiro.

Gostou do nosso relato sobre a trilha da Pedra Bonita? Então tenho certeza que você vai adorar saber mais sobre a Trilha do Morro Dois Irmãos também aqui no Rio de Janeiro e que tem uma vista incrível.

O que levar para a trilha da Pedra Bonita

Assim como qualquer trilha, é primordial que você tenha em sua bolsa: água, protetor solar, repelente e uns biscoitos – não, não é bolacha. Com isso já é possível fazer a trilha com tranquilidade. Ah, por favor, vamos com roupas adequadas para a trilha. Nada de chinelo de dedo, sapatilha ou rasteirinha. Não querem acabar com o passeio mesmo antes de começar, né?

Perto do estacionamento, vimos um ponto de venda com água, refrigerante e fofura. Além disso, na área da rampa dos voo há um lanchonete, caso precise comprar alguma coisa.

Esses foram os únicos dois pontos de vendas que vimos no local.

Espero que tenham gostado. Não deixem de seguir a gente no facebook e no instagram: @paraondefomos. Se ainda tiver restado alguma dúvida, é só deixar aí nos comentários que a gente responde com o maior prazer.

 

Juliana Noronha: Formada em ciências contábeis, trabalhei durante intensos quatro anos em um Banco de Investimento no Rio de Janeiro. Abri mão da minha promissora carreira em função do que me motiva. Por isso, desde outubro de 2016 estou desenhando um novo estilo de vida, viajando pelo mundo e vivendo na estrada.

Ver comentários (4)

  • Oii, li o relato todo!
    Obrigado por compartilhar, somos de SC e estaremos essa semana no Rio.
    Vamos tentar fazer o mesmo trajeto de vocês, de ônibus tbm..Vou dar uma pesquisada no horários antes.
    Ahh e é bolacha, não biscoito Rssss brincadeira.

    • Oi, Maira!! Que bom que gostou! É a primeira vez que vem ao Rio? Tenho certeza que vão amar a nossa cidade!!
      Qualquer dúvida, desse ou outros locais, é só falar com a gente!
      Tenham uma boa viagem!?
      Um super beijo!

  • Oii Juliana, adorei as dicas, mas tenho uma dúvida, dá pra fazer a trilha sem instrutor ou acha melhor ir com um? Obrigada! Bjs

    • Oi, Tatiane!
      Mil desculpas pela demora, estávamos fazendo o trekking em Torres del Paine e por isso ficamos sem internet durante esse tempo.

      Então,a trilha é super tranquila pra fazer sozinha. Além de bem demarcada, ela também é uma trilha muito famosa. Ou seja, não vai ser difícil ver alguém passando por você. Pode ir sem medo. :D

      Beijos e obrigada :)

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