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Punta del Diablo — a nossa primeira agradável surpresa no Uruguai

De forma paradoxal ao seu nome, Punta del Diablo está mais próxima do que chamamos de paraíso. É encantador perceber o ritmo despretensioso pelo qual os moradores levam a vida. Esteja de coração aberto para se apaixonar com a vibe mágica desse lugar.

Punta del Diablo

A nossa passagem pelo Uruguai foi de grandes surpresas e encantos, principalmente nas pequenas cidades e Punta del Diablo foi uma delas. Com a mesma pegada que Cabo Polônio, só que com um pouco mais de infraestrutura, ela também segue a linha slow travel — isso na baixa temporada; se for entre os meses de dezembro a março se prepare para um vilarejo hiper badalado, sendo considerado um dos balneários mais importantes do país.

Um pequeno povoado, com uma habitação fixa de aproximadamente 600 pessoas, que é um reduto de paz e tranquilidade. Toda essa atmosfera é possível ser sentida a partir do momento que se salta do ônibus. As ruas de terra batida, sua vegetação, o som das ondas quebrando e suas simples e coloridas casinhas encantam já no primeiro momento.

Playa de los pescadores

Quando ir a Punta del Diablo

Essa parte vai depender do gosto de cada um.

Nosso mochilão pela América do Sul começou no início de outubro e Punta Del Diablo foi a nossa primeira parada de fato. Como fomos na primavera, baixa temporada, o pequeno vilarejo estava bem calmo e relaxado, perfeito para curtir o momento. Todo o litoral uruguaio, principalmente nos lugares menores, funciona melhor na alta temporada —  que são os meses do verão.

Se você procura tranquilidade, belas paisagens e um clima bem particular, essa é a época certa. Enquanto estivemos hospedados tiveram dias de sol, mas a noite é sempre muito gelada, por isso: mesmo no verão, levem casaco.

A desvantagem de ir na baixa temporada é que boa parte do comércio não funciona. Com isso, a oferta de restaurantes fica bem limitada. Passamos por muito poucos restaurantes abertos — tá certo que não procuramos também, dado que nossas refeições eram à base de compras no mercado. Sim, os dois mercadinhos que encontramos estavam abertos. \o/

Agora, se você procura um pouco mais de movimentação, vá ao povoado entre dezembro a março. De acordo com as ideias que trocamos com o pessoal do hostel, durante esse período as ruas ficam muito mais vibrantes. Ocasionando uma mescla de agitação com tranquilidade. Além claro, de poder se dar ao luxo de escolher o restaurante.

Cabañas

O que fazer em Punta del Diablo

Toda cor e criatividade nas construções, com todas aquelas cabanas, seriam, por si, só uma atração perante ao olhar de quem está acostumado com as metrópoles e a vida corrida.

Punta del Diablo é dividido em três praias, na verdade são quatro: Playa de los Pescadores, Playa de la Viuda, Playa del Rivero e Playa Grande, sendo essa última bem mais afastada do pueblo, mais precisamente no caminho ao Parque Nacional Santa Teresa.

  • Playa de los Pescadores (ou de los botes): essa é a mais conhecida e a mais recomendada para famílias com crianças, pois é uma praia mansa, de águas calmas. Além disso, é o local de ponto de partida e chegada dos barcos de pesca, que acaba sendo uma atração turística.
  • Playa de la Viuda: bem extensa e de ondas fortes, possui um ambiente mais jovem, com um clima mais badalado. É a mais revolta de todas e por isso parada certa dos surfistas.
  • Playa do Rivero: tem boas ondas — falou a surfista rs — e possui barzinhos em sua extensão.
  • Playa Grande: praticamente deserta, é simplesmente linda. Não tem bares, quiosques ou algum tipo de vendedor. Muito disso se dá pela sua localização, já que a mesma é bem mais afastada. Me permito dizer que vale a pena a caminhada.

Além disso, o Parque Nacional Santa Teresa fica bem pertinho — para quem está de carro — de Punta del Diablo, cerca de uns 9km. Uma possibilidade é alugar uma bicicleta e fazer esse caminho. Achamos que éramos os fo**e decidimos ir andando mesmo.

Fomos seguindo pela extensa orla da playa grande. É até uma caminhada muito agradável, mas quando finalmente conseguimos chegar na entrada do parque, já estávamos exaustos. Para “piorar”, começou a chover muito e como estávamos com câmera e alguns equipamentos, decidimos voltar.

Resumo: andamos, andamos, andamos e não conhecemos nada. Mas valeu pela caminhada e principalmente porque foi nesse dia que passamos pela nossa primeira experiência de tentativa de carona.

Parque Nacional Santa Teresa

É possível também fazer Punta del Diablo de base para visitar outros lugares como o encantador Cabo Polônio e a ainda não conhecida por nós La Paloma.

Onde se hospedar em Punta del Diablo

Apesar de ser um pequeno povoado, há bastante variedade quando o quesito é acomodação. É possível alugar umas das lindas cabanas, procurar um pouco mais de conforto e “luxo” nos hotéis, a pegada mais jovem e interativa dos hostels ou o econômico camping.

A gente ficou durante quatro dias hospedados no El Diablo Tranquilo Hostel e podemos recomendar de olhos fechados. O clima do hostel é super aconchegante e segue a linha rústica do lugar. Sem contar que tem umas redes com vista para o mar e um pequeno terraço onde tem a cozinha, também com vista para o mar. Eles oferecem também um simples café da manhã, mas que dá uma sustância. Uma dica aqui para quem não toma café preto ou café com leite: leve/compre um saquinho de achocolatado para misturar no leite que eles oferecem.

Além disso, vou deixar algumas opções aqui de acordo com a nota apresentada no booking:

Independente do local que vocês forem escolher, pedimos para que faça a pesquisa e reserva através de um desses links. Vocês não pagam nada a mais por isso e ainda ajuda o nosso blog. ♥

Dicas gerais

  • Lá não tem hospital, o máximo que você vai encontrar é uma farmácia próxima ao “centro”;
  •  O real é bem aceito, mas não deixe de levar pesos para não ficar à mercê do câmbio deles;
  • Falando em câmbio, não deixe para trocar o seu dinheiro lá, porque não tem casa de câmbio. Se estiver vindo do Brasil e de carro, o ideal é trocar no Chuí. A nossa cotação em outubro/2016 foi 8,55.
  • O mercado que fica mais ao centro funciona até as 21h.

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Juliana Noronha: Formada em ciências contábeis, trabalhei durante intensos quatro anos em um Banco de Investimento no Rio de Janeiro. Abri mão da minha promissora carreira em função do que me motiva. Por isso, desde outubro de 2016 estou desenhando um novo estilo de vida, viajando pelo mundo e vivendo na estrada.
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